Ãh, isso devia ser molhado?

Só com um dedo.....

Problemas? Não vem com essa...

Pode parecer estranho um post como esse no Canto do Gnomo, mas resolvi postar para vocês um pouco da palestra que o Gabriel Feiten deu na escola Souza Cruz. Mas quem é esse Gabriel Feiten? Ele é um dos que vão representar o Brasil nos jogos Parapanamericanos em Guadalajara. Parapanamericanos?? Sim, Gabriel é tetraplégico.

 

Em 2003, quando voltava da faculdade de Educação Física, a van onde Gabriel estava sofreu um acidente de Trânsito, ocasionando a lesão de Gabriel. Mas mesmo no hospital, pouco tempo depois do acidente, ele já superava as expectativas. O médico havia dito que ele nunca mais voltaria a andar e sempre teria que ter alguém ao seu lado, nem coçar o nariz ele conseguiria sozinho. Mas Gabriel já estava lutando contra seu problema quando colocou seu braço sobre o nariz: “Posso nunca mais andar, mas meu nariz vou conseguir coçar.”

Inspirado e motivado ao assistir seu ídolo, Clodoaldo Silva, na televisão, Gabriel colocou uma meta para si, conseguir chegar em Pequim para as olimpíadas. Esta motivação foi o que levou ele aonde está hoje. Superando suas necessidades ele foi treinar. Mas não pense que a natação foi a escolhida logo de cara. Ele passou por muitos esportes até chegar lá, basquete, rúgbi e até mesmo ping-pong. Mas então veio a natação e logo na sua primeira competição conseguiu uma medalha de bronze. Depois de 4 anos ouvindo que não iria conseguir ir para Pequim, uma carta chegou e mudou tudo. Lá estava ele em Pequim. Mesmo sem ganhar nenhuma medalha, quebrou dois recordes sul-americanos, uma realização incrível para quem não chegaria a Pequim.

Bom, só tenho a agradecer ao Gabriel Feiten e a Fundação Huberto Schmitt Müller por terem levado esta palestra à Escola Souza  Cruz em Rolante. Aposto com qualquer um que vocês mudaram o modo de pensar de grande parte das pessoas que assistiram, se não todas. A vontade de seguir em frente do Gabriel contagiou a todos. E uma última coisa, o maior dos problemas é não ter a coragem de tentar seguir em frente, não ter a coragem de dizer a todos “Eu consigo” mesmo que ninguém acredite em você, você pode, basta tentar.